quinta-feira, 1 de maio de 2008

Eles estão chegando...

Fenômeno que só conhecia no Rio e em outras cidades desprovidas de arquitetura modernista, agora começa a aportar por essas andanças. São ambulantes que vendem balinhas, chicletes e outras guloseimas nos ônibus sempre silenciosos da capital federal. Vindos das cidades satélites, batalham os seus trocados ainda de forma muito tímida, sem a intenção de incomodar os passageiros.

Se tivessem o know-how dos ambulantes cariocas saberiam que a tática do jogo é extamente exibir-se, criar um marketing pessoal, um chamariz que desperte a simpatia de todos ou de alguns pelo menos. É classico, por exemplo, o caso de um vendedor de amendoins que trajava terno e gravata em frente ao Edifício Argentina, em Botafogo.

A indumemtária foi presente de um senhor que era dono de um brechó e, num desses engarrafamentos que infernizam a Rua Farani, disse que com aquelas roupas ele ganharia muito dinheiro.

Bom, não sei se ele ganhou muito dinheiro. O fato é que ele ganhou seus 4 minutos de fama ao ser entrevistado para uma coluna "de gente" do jornal O Globo.

8 comentários:

Antonio Proenca disse...

Ele teve no jo tambem, dizem q tirava uma boa quantia de 4 digitos por mes soh no amendoim. Na praia tem cada figura neh nao?! O cara da melancia, o do acai, o do abacaxi q assusta as pessoas, etc, etc...sem duvida esse povo sabe lidar com as desavencas num bom humor ferrado. abbb

Diego Moretto disse...

Rapaz, eu os acho incriveis. Muitos duvidam da sabedoria desse povo e não sabem oq perdem. Certa vez me machuquei andando (¬¬) e parei para descansar. Tinha um vendedor de doces no sinal com terno e gravata... enfim, conversa vai conversa vem perguntei pq ele usava aquele traje naquele calor. A resposta "pq ninguem q usa este tipo de roupa eh melhor doq eu. Se o advogado lá pode, eu tbm posso."
Engoli em seco e por dentro aplaudi aquela figura... Aqui eh comum estes tipos de vendedores. A meu ver, so estão lutando em um oficio q surgiu ao acaso para eles. Brasil neh?

Abração!

Anônimo disse...

Cara, pra vc pode ser uma novidade, mas a muitos anos aqui em Brasília, tem a galera do melzinho, do amendoim, da jujuba e até mesmo vendendor de arnica entre outras coisas heheheeh. Cada um a sua maneira, mas todos contando com a boa vontade dos motoristas de ônibus que abrem a porta traseira. E lutando pelo pão de cada dia de uma forma decente e honesta.

Fabio disse...

FABRÍCIO: Caro colega, essa pode ser a mais pura verdade. Mas te juro que só agora,pelo menos para esses olhos cariocas, vejo que o fenômeno se instala com mais vigor.
Abs

Fabio disse...

ANTONIO: 4 dígitos por mês???? Por que eu ainda insisto em ser jornalista...?
abs

Fabio disse...

DIEGO: Todo o meu respeito aos vendedores ambulantes. Apesar da canalhice que grassa nesse país, como há pessoas boas e honestas que suam pra batalhar os seus reais.
Abs

Rafael disse...

FABIO: Em minhas eternas viajens de ônibus no Rio eu sempre achei esses vendedores incríveis. Principalmente por sua simpatia, criatividade e destreza de equilibrar os produtos, o dinheiro e tudo mais, mesmo com o onibus cheio e em movimento.
Hoje, assim como você, estou morando em Brasília e não vi nada nos coletivos daqui que se compare com os vendedores da terrinha.
Um dos melhores que eu vi no Rio subiu no onibus anunciando: "Muitos nao dao importancia ao trabalho o camelo no onibus. Mas se nos avioes tem serviço de bordo, porque nos onibus também nao pode ter?" E ainda mandou a melhor (e não é que ele tem razao?) : "Mas, senhoras e sehores, o que eu trago aqui não são barrinhas de cereais mixurucas. Não! Eu trago os deliciosos e macios torrones, muito melhores que muito serviço de bordo de avião que tem por aí!"

Fabio disse...

RAFAEL: Obrigado pelo seu gentil comentário. Deixe o link de seu blog para que eu vá visitá-lo.
Abs