Fenômeno que só conhecia no Rio e em outras cidades desprovidas de arquitetura modernista, agora começa a aportar por essas andanças. São ambulantes que vendem balinhas, chicletes e outras guloseimas nos ônibus sempre silenciosos da capital federal. Vindos das cidades satélites, batalham os seus trocados ainda de forma muito tímida, sem a intenção de incomodar os passageiros.
Se tivessem o know-how dos ambulantes cariocas saberiam que a tática do jogo é extamente exibir-se, criar um marketing pessoal, um chamariz que desperte a simpatia de todos ou de alguns pelo menos. É classico, por exemplo, o caso de um vendedor de amendoins que trajava terno e gravata em frente ao Edifício Argentina, em Botafogo.
A indumemtária foi presente de um senhor que era dono de um brechó e, num desses engarrafamentos que infernizam a Rua Farani, disse que com aquelas roupas ele ganharia muito dinheiro.
Bom, não sei se ele ganhou muito dinheiro. O fato é que ele ganhou seus 4 minutos de fama ao ser entrevistado para uma coluna "de gente" do jornal O Globo.
quinta-feira, 1 de maio de 2008
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8 comentários:
Ele teve no jo tambem, dizem q tirava uma boa quantia de 4 digitos por mes soh no amendoim. Na praia tem cada figura neh nao?! O cara da melancia, o do acai, o do abacaxi q assusta as pessoas, etc, etc...sem duvida esse povo sabe lidar com as desavencas num bom humor ferrado. abbb
Rapaz, eu os acho incriveis. Muitos duvidam da sabedoria desse povo e não sabem oq perdem. Certa vez me machuquei andando (¬¬) e parei para descansar. Tinha um vendedor de doces no sinal com terno e gravata... enfim, conversa vai conversa vem perguntei pq ele usava aquele traje naquele calor. A resposta "pq ninguem q usa este tipo de roupa eh melhor doq eu. Se o advogado lá pode, eu tbm posso."
Engoli em seco e por dentro aplaudi aquela figura... Aqui eh comum estes tipos de vendedores. A meu ver, so estão lutando em um oficio q surgiu ao acaso para eles. Brasil neh?
Abração!
Cara, pra vc pode ser uma novidade, mas a muitos anos aqui em Brasília, tem a galera do melzinho, do amendoim, da jujuba e até mesmo vendendor de arnica entre outras coisas heheheeh. Cada um a sua maneira, mas todos contando com a boa vontade dos motoristas de ônibus que abrem a porta traseira. E lutando pelo pão de cada dia de uma forma decente e honesta.
FABRÍCIO: Caro colega, essa pode ser a mais pura verdade. Mas te juro que só agora,pelo menos para esses olhos cariocas, vejo que o fenômeno se instala com mais vigor.
Abs
ANTONIO: 4 dígitos por mês???? Por que eu ainda insisto em ser jornalista...?
abs
DIEGO: Todo o meu respeito aos vendedores ambulantes. Apesar da canalhice que grassa nesse país, como há pessoas boas e honestas que suam pra batalhar os seus reais.
Abs
FABIO: Em minhas eternas viajens de ônibus no Rio eu sempre achei esses vendedores incríveis. Principalmente por sua simpatia, criatividade e destreza de equilibrar os produtos, o dinheiro e tudo mais, mesmo com o onibus cheio e em movimento.
Hoje, assim como você, estou morando em Brasília e não vi nada nos coletivos daqui que se compare com os vendedores da terrinha.
Um dos melhores que eu vi no Rio subiu no onibus anunciando: "Muitos nao dao importancia ao trabalho o camelo no onibus. Mas se nos avioes tem serviço de bordo, porque nos onibus também nao pode ter?" E ainda mandou a melhor (e não é que ele tem razao?) : "Mas, senhoras e sehores, o que eu trago aqui não são barrinhas de cereais mixurucas. Não! Eu trago os deliciosos e macios torrones, muito melhores que muito serviço de bordo de avião que tem por aí!"
RAFAEL: Obrigado pelo seu gentil comentário. Deixe o link de seu blog para que eu vá visitá-lo.
Abs
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