terça-feira, 11 de setembro de 2007

Falando sobre vaia

Acompanhando a namorada ao médico, preencho os minutos de espera folheando um curioso artigo de Ruth de Aquino, da revista Época, sobre a vaia sofrida pelo governador Sérgio Cabral, semanas antes, em um evento em Campos (Norte-Fluminense) onde o presidente Lula, um entendido do assunto e convidado-testemunha do episódio, teria aconselhado paciência nesse tipo de contratempo ao recém-empossado governador.

A escriba faz um pequeno libelo sobre a função sócio-política da vaia, por definição uma manifestação de desagravo. Ilustrando sua tese, a articulista se apropria do verbete retirado do...Wikipedia, uma enciclopédia virtual colaborativa da internet.

Por colaborativa, compreende-se a possibilidade de uma vastidão de pretensos entendedores com computadores domésticos produzir conteúdos apócrifos e sem rigores científicos ou teóricos de pesquisa necessários para uma qualificação de credibilidade. No Wikipedia, a "vaia" sofre algumas alterações tendenciosas de significado e é assim descrita, entre outros argumentos: "Em casos de extrema desaprovação, pode ser acompanhada de objetos arremessados no palco."

É evidente que a enciclopédia eletrônica se preparou para eventuais imperfeições ou distorções, sendo que qualquer internauta pode interagir e modificar o conteúdo que considerar ofensivo ou calunioso. Por ter sido utilizado, talvez, uma definição semântica duvidosa do substantivo, segue uma delineação mais tradicional e confiável da palavra vinda do Aurélio, o dicionário:

"Zombar, escarnecer, troçar. Dar vaias, fazer assuada, manifestação em forma de gritos e assobios"

"Os objetos arremessados no palco" na definição anterior pode ter obra de algum Democrata. Com todo o respeito.

Nenhum comentário: