segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Capitalismo manso

A impressão que se tem por aqui, às vezes, é de que o cliente é um artigo de luxo um tanto desnecessário para a prosperidade dos negócios no DF. São vários os relatos e pessoas (não brasilienses em sua extensa maioria) que se queixam da falta de traquejo de estabelecimentos comerciais quando se deparam com pequenos contratempos que deveriam, em tese, ser revertidos para o benefício da clientela. Exemplo do último caso:

Um cidadão precisa comprar um garrafão de água, desses de 20 litros, pois o estoque doméstico está acabando e o clima seco da cidade nessa época não é para amadores. Ao adentrar a loja, ele é informado pela mocinha do caixa de que o garrafão que possui é incompatível com a marca líder e portanto não será possível a troca. O consumidor pergunta se pode, então, comprar o garrafão apenas. Após a resposta afirmativa, ele inocentemente pergunta pelo preço. A moça responde que o "rapaz que poderia responder a essa questão não se encontra, mas que vai estar aqui em duas horas".

Como se não bastasse, ela pergunta se o cliente não gostaria de levar um cartão com o telefone da loja para que o sedento freguês ligasse mais tarde para perguntar sobre o preço do garrafão.

Desistiu na hora e só levou um pote de requeijão, economizando a conta do telefone.

O garrafão foi comprado num posto de gasolina.

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