Existem mais semelhanças entre a Procuradoria Geral da República e a Torre de TV de Brasília do que imagina nossa vã filosofia. E não estou me referindo à mesma escola modernista de arquitetura. Mas aos que conduzem todos os dias o sobe-e-desce de elevadores que possibilita que funcionários e turistas exerçam o sagrado direito constitucional de ir e vir.
Um trabalha na PGR e, para exaurir um pouco a entediante obviedade do ofício, transforma os minutos disponíveis do cárcere vertiginoso em leitura. E não se trata de qualquer leitura. O funcionário (que ainda vou descobrir o nome) é flagrado folheando obras de Sheldon, Dostoiéviski, Dan Brown (nesse caso tive que ausentar a menção solitária do sobrenome por limitações de sua ainda não imortalizada fama como escritor clássico) Machado, Amado e por aí vai.
Menos intelectual, por assim dizer, mas não menos notável, o ascensorista da Torre de TV de Brasília se faz de guia turístico instantâneo, tentando resumir algumas informações técnicas sobre a construção da torre no curto trajeto de 22 segundos que separa o térreo e a plataforma de observação com os seus mais de 70 metros de altura. No retorno ao solo, os turistas são surpreendidos com uma divertida trívia feita pelo próprio ascensorista sobre as informações fornecidas anteriormente.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
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Um comentário:
O livro do Foucalt deve ser interessante mesmo, ainda nao tive a oportunidade de ler. Abs
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